O ano era 1985, ano do maior festival de rock do Brasil - Rock In Rio - que trouxe a maior gama de estilos musicais de uma só vez; Bandas locais, ainda embrionárias, foram postas à prova para dividir os palcos com os experientes Yes, Queen, Scorpions, entre outros.
Na ocasião, Janeiro de 1985, período de férias, eu era uma criança de apenas 7 anos e louco de pedra pelo Ozzy. Estava tomado por uma estomatite, que me impedia de comer coisas quentes.
Pedi ao meu pai um disco do Ozzy, "Bark At The Moon", pois já conhecia de trás pra frente o début "Blizzard Of Ozz", emprestado de um amigo.
Meus pais foram à loja de discos da cidade e não voltaram com o "Bark At The Moon" - segundo eles, o disco não era tão bom quanto o "Blizzard Of Ozz" - mas com um álbum diferente, com uma capa de desenhos egípcios...
Torci o nariz, chorei, pois não havia sido atendido por meus pais mesmo diante de uma estomatite, que me doía todo até para engolir - inclusive as lágrimas.
Como poderiam deixar de me dar o disco do Ozzy - meu maior ídolo à época, o comedor de morcegos, o cara soturno que me deixara hipnotizado pela gaita de "The Wizard" do primeiro álbum do Black Sabbath? Não era possível...
Me recolhi no canto da sala, botei os fones de ouvido e pus-me a ouvir "Blizzard Of Ozz" a todo volume. Mr Crowley, I Don't Know, Crazy Train...
Meus pais me deixaram ali, com a minha dor, desfrutando a minha solidão e a minha trilha sonora.
À noite, sentei-me no chão (hábito comum até hoje) e comecei a ver o Rock In Rio. Vi o show do Ozzy e não me empolguei tanto. Foi aí que caiu a ficha... Faltava algo, ou melhor, alguém... Faltava Randy Rhoads (morto num acidente), o verdadeiro mago de "Blizzard Of Ozz". Randy fazia toda a diferença.
Por isso, "Bark At The Moon" não chegou às minhas mãos e aos meus ouvidos. Meus pais preferiram "Powerslave" - o disco de capa egípcia - do Iron Maiden.
No dia seguinte, botei o LP no velho Technics e entendi definitivamente porque escolheram esse album.
- Você não gosta de guitarras poderosas?
A resposta veio imediatamente com Aces High, seguida de Two Minutes to Midnight. Pra que mais?
Silenciosamente, entendi a intenção dos meus pais em me mostrar apenas o que há de melhor...
O Ozzy não perdeu seu fã, mas com certeza, o Iron ganhou mais um.
Wagner Gomes, 30 anos, é publicitário e descobriu o Heavy Metal muito cedo, dentro da própria casa, bem antes da propaganda.
Se tivesse de escolher apenas dois discos de Heavy Metal para levar a uma ilha deserta, sem hesitação seriam "Blizzard Of Ozz" e "Powerslave", pelos excelentes trabalhos de guitarra.
Na ocasião, Janeiro de 1985, período de férias, eu era uma criança de apenas 7 anos e louco de pedra pelo Ozzy. Estava tomado por uma estomatite, que me impedia de comer coisas quentes.
Pedi ao meu pai um disco do Ozzy, "Bark At The Moon", pois já conhecia de trás pra frente o début "Blizzard Of Ozz", emprestado de um amigo.
Meus pais foram à loja de discos da cidade e não voltaram com o "Bark At The Moon" - segundo eles, o disco não era tão bom quanto o "Blizzard Of Ozz" - mas com um álbum diferente, com uma capa de desenhos egípcios...
Torci o nariz, chorei, pois não havia sido atendido por meus pais mesmo diante de uma estomatite, que me doía todo até para engolir - inclusive as lágrimas.
Como poderiam deixar de me dar o disco do Ozzy - meu maior ídolo à época, o comedor de morcegos, o cara soturno que me deixara hipnotizado pela gaita de "The Wizard" do primeiro álbum do Black Sabbath? Não era possível...
Me recolhi no canto da sala, botei os fones de ouvido e pus-me a ouvir "Blizzard Of Ozz" a todo volume. Mr Crowley, I Don't Know, Crazy Train...
Meus pais me deixaram ali, com a minha dor, desfrutando a minha solidão e a minha trilha sonora.
À noite, sentei-me no chão (hábito comum até hoje) e comecei a ver o Rock In Rio. Vi o show do Ozzy e não me empolguei tanto. Foi aí que caiu a ficha... Faltava algo, ou melhor, alguém... Faltava Randy Rhoads (morto num acidente), o verdadeiro mago de "Blizzard Of Ozz". Randy fazia toda a diferença.
Por isso, "Bark At The Moon" não chegou às minhas mãos e aos meus ouvidos. Meus pais preferiram "Powerslave" - o disco de capa egípcia - do Iron Maiden.
No dia seguinte, botei o LP no velho Technics e entendi definitivamente porque escolheram esse album.
- Você não gosta de guitarras poderosas?
A resposta veio imediatamente com Aces High, seguida de Two Minutes to Midnight. Pra que mais?
Silenciosamente, entendi a intenção dos meus pais em me mostrar apenas o que há de melhor...
O Ozzy não perdeu seu fã, mas com certeza, o Iron ganhou mais um.
Wagner Gomes, 30 anos, é publicitário e descobriu o Heavy Metal muito cedo, dentro da própria casa, bem antes da propaganda.
Se tivesse de escolher apenas dois discos de Heavy Metal para levar a uma ilha deserta, sem hesitação seriam "Blizzard Of Ozz" e "Powerslave", pelos excelentes trabalhos de guitarra.
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RESULTADO
1 I Don't Know (Daisley, Osbourne, Rhoads) 5:14
2 Crazy Train (Daisley, Osbourne, Rhoads) 4:50
3 Goodbye to Romance (Daisley, Osbourne, Rhoads) 5:36
4 Dee [instrumental] (Rhoads) :50
5 Suicide Solution (Daisley, Osbourne, Rhoads) 4:16
6 Mr. Crowley (Daisley, Osbourne, Rhoads) 4:56
7 No Bone Movies (Daisley, Kerslake, Osbourne, Rhoads) 3:58
8 Revelation (Mother Earth) (Daisley, Osbourne, Rhoads) 6:09
9 Steal Away (The Night) (Daisley, Osbourne, Rhoads) 3:30
PRODUÇÃO: Ozzy Osbourne / Max Norman
Gravado no Ridge Farm Studios em Surrey, Inglaterra em março de 1980
CULPADOS
Ozzy Osbourne (Vocais)
Bob Daisley (Baixo)
Randy Rhoads (Guitarra)
Lee Kerslake (Bateria)
Don Airey (Teclados)
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RESULTADO
1 I Don't Know (Daisley, Osbourne, Rhoads) 5:14
2 Crazy Train (Daisley, Osbourne, Rhoads) 4:50
3 Goodbye to Romance (Daisley, Osbourne, Rhoads) 5:36
4 Dee [instrumental] (Rhoads) :50
5 Suicide Solution (Daisley, Osbourne, Rhoads) 4:16
6 Mr. Crowley (Daisley, Osbourne, Rhoads) 4:56
7 No Bone Movies (Daisley, Kerslake, Osbourne, Rhoads) 3:58
8 Revelation (Mother Earth) (Daisley, Osbourne, Rhoads) 6:09
9 Steal Away (The Night) (Daisley, Osbourne, Rhoads) 3:30
PRODUÇÃO: Ozzy Osbourne / Max Norman
Gravado no Ridge Farm Studios em Surrey, Inglaterra em março de 1980
CULPADOS
Ozzy Osbourne (Vocais)
Bob Daisley (Baixo)
Randy Rhoads (Guitarra)
Lee Kerslake (Bateria)
Don Airey (Teclados)
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RESULTADO
1 Aces High (Harris) 4:29
2 2 Minutes to Midnight (Dickinson, Smith) 6:00
3 Losfer Words (Big 'Orra) (Harris) 4:13
4 Flash of the Blade (Dickinson) 4:02
5 The Duellists (Harris) 6:07
6 Back in the Village (Dickinson, Smith) 5:20
7 Powerslave (Dickinson) 6:48
8 Rime of the Ancient Mariner (Harris) 13:36
CULPADOS
Bruce Dickinson: voz
Dave Murray: guitarra solo e rítmica
Adrian Smith: guitarra solo e rítmica
Steve Harris: baixo
Nicko McBrain: bateria
1 Aces High (Harris) 4:29
2 2 Minutes to Midnight (Dickinson, Smith) 6:00
3 Losfer Words (Big 'Orra) (Harris) 4:13
4 Flash of the Blade (Dickinson) 4:02
5 The Duellists (Harris) 6:07
6 Back in the Village (Dickinson, Smith) 5:20
7 Powerslave (Dickinson) 6:48
8 Rime of the Ancient Mariner (Harris) 13:36
CULPADOS
Bruce Dickinson: voz
Dave Murray: guitarra solo e rítmica
Adrian Smith: guitarra solo e rítmica
Steve Harris: baixo
Nicko McBrain: bateria
2 comments:
"É o escrever certo por linhas tortas"
Pai.
Ok, agora sim. Li INTEIRO.
Que mais que posso te dizer?
Uai, você já disse tudo.
É aquela mágica que um determinado grupo de pessoas tem... quando uma delas sai, mesmo que o substituto seja excepcional, senão tiver a mesma química (lembra dessa música, pop rock nacional! :P) perde o encanto..rs..
Beijos, Wagnão, tá ficando Duka!
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